Taypá - "um restaurante do peru"

Hoje, finalmente, fui conhecer o Taypá (uma expressão peruana que significa fartura). Minha expectativa era grande, pois vários amigos já haviam elogiado o restaurante peruano que fica no centro comercial na entrada da QI 17 do Lago Sul.
Mesa reservada, chegamos ao salão e fomos recebidos pelo garçom. O local é muito legal, bem decorado, cadeiras confortáveis e, após acomodado, me deparei com três cardápios: um de drinks, um dos “comes” e a carta de vinhos. Me senti uma anta. Entretido com o cardápio dos alimentos, senti certa dificuldade em escolher uma entrada. Tudo bem que estava lá para comer ceviche, mas as outras entradas me apeteceram e, então, pedimos um Tiradito AL Ají Amarillo - um peixe robalo cru temperado coberto com molho de limão, gengibre, ají amarillo(pimenta amarela encontrada em montanhas da América do Sul) e “leite de tigre”(uma mistura de caldo de peixe e temperos). Sabor excepcional. O prato vem ornamentado com umas pipocas temperadas que só indo lá para experimentar e conhecer como o grão de milho fica. Pedimos uma porção a parte deste milho que acompanha bem uma cerveja.
Os pratos principais da mesa:
Salmão Novandino – Um file de salmão enrolado envolvendo um risoto de quinoa e acompanhado de camarões médios grelhados com sabor discretamente picante, uma delícia.

Pescado a Lo Macho – Filé de robalo grelhado coberto por molho com curry levemente apimentado com anéis de lulas, camarões médios e mariscos. Acompanhado de arroz com tinta de lulas. Já cheguei a conclusão que a tinta da lula no arroz é só para colori-lo, sem acrescer muito no sabor. Apresentação impecável, mas eu esperava mais do sabor.
O “pisco sour” merece capítulo à parte e deve ser reverenciado. Uma amiga de infância não sai do Taypá sem, pelo menos, tomar três. O drink peruano gelado leva pisco(aguardente de uva peruano), suco de limão, açúcar e clara de ovo. Vale a pena tomar até mais de três, contanto que você consiga alguém para dirigir.
Gostei do que comi e resolvi que vou para o Peru conhecer melhor a sua culinária e, de quebra, aprender a entender os cardápios.
Armando

Dom Francisco Restaurante

Francisco Ansiliero começou a mostrar a que veio há vinte e dois anos, quando montou sua primeira casa de sabores na CLS 402.
Certo domingo, quando eu tinha vinte e um anos, saí à procura de uma lugar em Brasília, que não fosse uma pizzaria e funcionasse à noite. Naquela época, eram poucos os restaurantes que abriam para o jantar. Sentei à mesa com quatro amigos e comemos o filet mingon no sal grasso feito na brasa acompanhado com farofa de ovos na manteiga e arroz com brócolis. Foi um deleite.
O tempo passou, as casas se multiplicaram, chegou na ASBAC e na Academia de Tenis, passou uma temporada no Hotel Metropolitan e aportou em dois Shoppings(Pátio e Park Shopping).
A antiga casa da 402 foi reformada e modernizada, é comandada pela filha do Sr Francisco, Giuliana, e pelo genro Edson e hoje posso considerar um dos locais mais agradáveis para se comer e beber.
O serviço é excelente. O Sr Joaldo é, para mim, um exemplo de conhecedor de vinhos que não é acintoso como a maioria do sommeliers da cidade. Apresenta de maneira prática os vinhos para harmonizar com os pratos da casa, pensando na relação qualidade/custo.
As opções para o prato principal são diversas, mas de acordo com hora que estou no restaurante recomendo um prato diferente.
Nas sextas-feiras, após às 21 horas, gosto de sentar na mesa 2 ou na 3, na saída da cozinha, onde sou servido e converso com quase todos os garçons. Em grupo de quatro comensais, na entrada peço salada média que serve verduras e legumes bem selecionados e vem acompanhada de pães, aliche, manteiga, azeitonas recheadas com amêndoas e atum em conserva. Tomamos a primeira garrafa de vinho, da adega considerada por muitos como a melhor de Brasília. Prato principal pode ser bife de ancho, fraldinha, anchova negra fresca ou bacalhau na brasa sempre acompanhados de batatas no sal grosso (batatas assadas com alecrim, dentes de alho com casca e sal grosso – sensacional)
Sábado no almoço mais tarde ou dia de semana à noite: Frango à Francisco – meio frango(800gr) delicadamente temperado com picles, azeitonas e queijo parmesão. O assado pode ser acompanhado por arroz com brócolis, farofa de ovos e palmito de pupunha assado com a casca. O Francisco é dos poucos restaurantes que Carine pede frango e sai satisfeita com o preparo. Acompanhe o frango com vinho branco gewürztraminer nacional que é refrescante e frutado.
Dia de domingo ensolarado, mudo de casa, vou para o Francisco da ASBAC comer de entrada bolinho de bacalhau com vista panorâmica do Lago Paranoá. O prato principal é bacalhau em lascas ao forno, regado com um dos ótimos azeites oferecidos (lá tem o “Borges com alho” ou o português EA Cartuxa) e acompanhado com arroz branco. O bacalhau norueguês entra no forno em travessa refratária com batatas, cebolas e tomates e sai do forno para a mesa no ponto perfeito de sal, sabor e calor. Acompanhe com um bom tinto português(Cartuxa é uma boa opção) ou com cerveja clara bem gelada.
No dia que quero ver o Chef Francisco atuando, andando pelas mesas, conversando com os cliente e dando dicas dos pratos, vou para a Academia de Tenis.
Falar do Restaurante Francisco daria para escrever um livro.
Armando.

Faisão Dourado - CLS 314


Pé sujo familiar.
Foi ao Faisão Dourado, o único bar/boteco/‘pésujo’ que consegui levar minha mãe e minha esposa. Após convencê-las que o bar era “honesto”, num início de tarde de sábado quente, sentamos em uma das mesas espalhadas embaixo das árvores da quadra 314 sul. O cardápio, trazido pelo garçom sempre apressado, é objetivo. Não tenha duvida: bife de filet mignon é a escolha (um pedaço de filé ao ponto do ‘chapeiro’ coberto com cebola e alho, acompanhado de maionese, vinagrete, arroz branco, batatas fritas, farofa de ovos amanteigada e feijão tropeiro). A carne é fresca e bem selecionada com sabor de ‘roast beef’ dos bares do Rio de Janeiro.
O preço é justo, o sabor é muito bom, o atendimento é cordial e a cerveja é do tipo estupidamente gelada servida em copo americano.
Abstraia o local, vale a pena e já foi, merecidamente premiado, como melhor filé de boteco pela revista Veja Brasília.
Armando.

Prêmio Paladar 2010

http://www.estadao.com.br/especiais/premio-paladar-2010,127042.htm


Conheça os pratos desta edição do Prêmio. O tamanho de cada prato varia de acordo com o voto dos 11 jurados e o preço.

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