BsB Grill - 304 Norte ou 413 Sul

“Sexta-feira é dia de sushi ou de esfirra” como diz meu amigo Francisco.
A última sexta escolhi ‘esfirra’, e é a do BsB Grill que considero a melhor esfirra folhada aberta de Brasília.
O garçom passa pelas mesas servindo-as sempre quentinhas. São uma tentação, dá para ficar o resto da noite só nesta iguaria árabe, mas o bar oferece mais opções no cardápio.
As carnes grelhadas, todas, isso mesmo, todas são de ótima qualidade e procedência. Vão desde uma picanha nacional, passa pelo angosto e ancho argentinos, pelo cordeiro uruguaio e chega aos cortes australianos.
A fraldinha é uma ótima pedida para uma mesa de amantes da carne vermelha. Peça ao ponto acompanhada de farofa de ovos(que está mais para ‘ovos com farofa’), arroz de brócolis, batatas suflê e salada da casa. Serve bem quatro pessoas por aproximadamente R$170,00.
A batata suflê merece capítulo a parte. Não imagino como uma fatia de batata, após frita, possa tomar a forma de um balão cheio de ar. Experimentei pela primeira vez neste restaurante e adorei.

Certa vez, fui ao BsB Grill da Asa Norte para almoçar e quando cheguei, avistei meu Cardiologista que estava prestes a comer uma garfada da farofa de ovos que fora servida acompanhando um picanha grelhada em tiras. Não pensei duas vezes, pedi ao garçom que trouxesse para mim o mesmo prato escolhido por meu médico. Se ele pode....
As bebidas:
O bar oferece chopp Brahma servido em taças de cristal, bem gelado, muito bem tirado.
No BsB Grill encontro o Steinhaeger Doble W, considerado o melhor do Brasil e um dos melhores do mundo. A garrafa é trazida pelo garçom envolta em uma pedra de gelo e acompanha com perfeição o chopp.
Inaugurado há 12 anos, considero o BsB Grill um dos melhores restaurantes de grelhados de Brasília. Vale a pena conferir.

Fulô do Sertão - 404 norte

Tudo no Fulô remete ao sertão nordestino. O aconchego do local, as toalhas de chita estampada, as redes armadas ao redor das mesas, o artesanato das prateleiras e finalmente o cardápio. A comida é do sertão da Paraíba.
Começo sempre pelo queijo de coalho assado, um pouco salgado para meu paladar, que pede a cerveja (Original) sempre bem gelada. Já provei o escondidinho que pode ser de jerimum ou mandioca, recheados com queijo de coalho ou com carne seca. Este último, achei mais gostoso. O cuscuz de milho temperado com manteiga vem em porção individual e também vai bem de entrada.
Ontem, provei a galinha cabibela, servida sobre um leito de mandioca cozida, para deleite de duas pessoas. A penosa vem cozida ‘ao dente’ com molho de sabor suave feito do próprio sangue, muito bom.
Também me servi do prato do Fulô que mais gosto: Baião de quatro – Arroz cozido com feijão verde, torresmo e queijo. Vem acompanhado de manteiga do sertão que minhas artérias relutam em adicionar à mistura. Os donos poderiam chamar este prato de rubacão, como na Paraíba.
Para fechar em estilo nordestino, pode pedir a tapioca com leite condensado e coco. A massa é fina e crocante.
Nas noites de sexta e sábado tem música nordestina ou MPB ao vivo, particularmente não gosto de comer com som de zabumba, mas a maioria aprova.
Armando.

Choperia Chopptime Asa Sul e Asa Norte

Conheci o bar na Asa Norte, num sábado por volta das dez horas da noite, após pequena caminhada pela CLN213/214 .
Bar/restaurante de Ribeirão Preto, o Chopptime se difundiu pelo Brasil por meio de franqueados. Em Brasília tem duas casas, nas duas Asas.
O chopp servido é da Brahma, claro ou escuro, é bem tirado, com espuma na medida exata e na temperatura ideal, mas poderia ser servido em tulipas de cristal, que prefiro.
O cardápio não segue a linha normal dos botecos. Tem muito prato para todo tipo de gosto e aí que fica complicado. Muita comida para se escolher, muita diversidade para se fazer na cozinha o que acaba comprometendo o resultado.
Para começar, belisquei azeitonas pretas ‘ditas’ chilenas de qualidade mediana e pedimos uma porção de bolinhos de mandioca com charque.
Imaginei que viria um bolinho recheado com carne seca. Engano meu, o bolinho é uma massa de mandioca cozida que vem misturada com o charque. Tão pouco charque que a comensal vegetariana que estava na mesa, comeu o bolinho achando que não tinha carne.
O próximo pedido, foi uma pizza cortada palito, meia marguerita/meia calabresa. Sei que é complicado pedir pizza em boteco, mas a maioria aprovou o pedido e, após provar, desaprovou o sabor . Sabor de pizza de supermercado. Nada especial.
‘Resumo da ópera’:
- O chopp é bom, mas os acompanhamentos deixam a desejar;
- Boteco de galera, só para beber chopp. O petisco é secundário;
- Lugar bom para comer pizza é em pizzaria.

Armando Celso.

Restaurante Gazebo - Na orla do Lago Sul, perto da Ponte JK


Meus amigos pediram, ao reservar , uma mesa para seis comensais que fosse em um bom local do restaurante.
O lugar é especial, o prédio e a decoração, predominada por madeira e tijolos aparentes, trazem aconchego e a vista do lago, ornado pela Ponte JK, é um cartão postal.

No couvert veio uma cesta de pães aquecidos(‘comi o pão com tapenade de azeitonas pretas que vale a pena cada mordida’) acompanhando um vinagrete de tomate e alho.
Os pratos são individuais e pedimos:
Bob Pai – Lula recheada com uma mistura de frango, lingüiça e carne da própria lula, acompanhada de um risoto cremoso com tomatinhos. Este prato que era a sugestão do dia (não está no cardápio) foi provado e aprovado, com a ressalva de eu ter achado que o arroz arbório do risoto deveria estar um pouco mais cozido
Carine – Camarões ao curry com maçã verde, levemente picante, mais couscous marroquino acrescido de frutas secas. O camarão estava no ponto certo, o molho curry gostoso, mas o couscous marroquino estava sem graça.
Lu – Confit de pato com batatas sauté à provelçal . Este sim foi elogiado da primeira à última mordida. Coxa e sobrecoxa de pato confitado servido com uma porção generosa de batatas temperadas com alho.
Eu - Filé “Shimon Peres” – Filé mignon alto com escalope de fois gras, servido sobre batata rosti, tudo regado com azeite de trufas
O inesperado foi a cara de todos quando chegou meu filé. Os três ficaram com pena de mim. A batata rosti molhada pelo azeite de trufas, cujo sabor era sensacional, estava literalmente “enrostida” embaixo do medalhão de filé de aproximadamente 10 cm de diâmetro e 4 cm de altura. Os dois(filé e batata)praticamente perdidos no centro do prato. Foi o prato mais à francesa da mesa. Estava delicioso, mas devo ter ficado com cara de ‘quero mais’.
Tarefa difícil, mas bem executada, foi a do sommelier: escolher o vinho para acompanhar pratos tão diversos. A sugestão do Bob Pai era um tinto leve. Pois bem, tomamos um vinho libanês já conhecido da mesa (em homenagem ao aniversário e origem da Lu).
Tomamos: Chateaux Kefraya ( Lês Breteches ).
Comensal Intolerante e Quiela chegaram na hora da sobremesa. Pediram porção de queijos com compota de damasco, que não provei, mas percebi que eles gostaram.
A sobremesa foi outra surpresa. Carine e Quiela pediram morangos flambados no vinho do porto servidos ao redor de uma bola de sorvete de pistache. Muito, muito bom, ótima combinação de sabores.
O serviço ficou a desejar. Apesar de ter uma boa quantidade de garçons, estes praticamente esqueceram de tirar os pratos já vazios, deixando-os na mesa por um tempo imperdoável. Pode melhorar.
Vou voltar no restaurante praticamente por conta da sobremesa.
Recomendo. Comida boa e local agradável.
Armando Celso.

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